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Se apaixonar é algo que acontece de forma completamente espontânea ou é preciso dar uma forcinha? |
“– Quem está no comando?”
“– O Gaaarraa... O Garra é o nosso mestre.
Ele quem decide quem vai e quem fica – Shhh... Olha, O Garra está se
mexendo...”.
A conversa está em uma cena do filme “Toy
Story”. Ao serem questionados pelo patrulheiro espacial Buzz Lightyear sobre
quem decide as coisas por ali, os minimarcianos de brinquedo respondem em
uníssono que “O Gaaarraa” é quem escolhe quem sairá da suposta “nave” em que os
pequeninos de borracha vivem.
A nave na verdade é uma daquelas máquinas
de pescar brinquedos em que eles ficam amontoados e você movimenta a pinça – O
Garra – rumo a eles na tentativa de apanhar um e levá-lo ao compartimento, sem
deixá-los cair antes.
Trocando os brinquedos por pessoas e a nave
pela vida, como esperar que O Garra nos escolha para viver um novo amor? É
possível que Ele jamais se movimente se ficarmos encarando-o, esperando que isso
aconteça?
Em visita a um amigo na capital paulista, a
conversa de bar levantou a questão: se apaixonar é algo que acontece de forma
completamente espontânea ou é preciso dar uma forcinha?
Para mim, simplesmente acontece ou não.
Bate aquela coisa que talvez possamos chamar de “possibilidade”. Rola logo de
cara. Não tem explicação. Pode começar pela afinidade com aquilo que esperamos
em alguém – mesmo que lá no subconsciente. Atração física? Não só. O sorriso. O
jeito de te olhar. De você olhar de volta. Ah, o sorriso. De repente, a pessoa
te toca pela primeira vez para dizer algo, chegando cada vez mais perto. Uau! E
então está aqui, no meio de nós. Alguém viu de onde veio? Estou apaixonado.
Na opinião do meu amigo, não é assim que o
cupido flecha. Para ele muitas vezes nosso possível novo amor está bem ao nosso
lado, basta se permitir olhar para tal pessoa de forma diferente, fazendo com
que – após insistir em alguns encontros – as coisas aconteçam.
Por preferência, experiência ou adorar as
animações da Disney, eu escolho a teoria d’O Garra. Quando menos esperamos, de
dentro da nave, ele nos escolhe. Apanha quem está ao nosso lado. Aquele um
pouco mais à frente. Mas desce até nós e nos leva a uma pessoa que, do lado de
fora da máquina, depositou sua ficha e fez com que O Garra se movimentasse em
nossas vidas.
Ai de quem fica encarando O Garra! Cobrando
diariamente que Ele o escolha. Não força a barra! Ser gentil também não rola.
Nada de paparicar! O grande lance é relaxar. Querer ser escolhido um dia? Sim.
Viver pensando nisso, não.
Quando formos içados pelo O Garra e
chegarmos até o compartimento para sair da nave, tenha a certeza de que é só
porque alguém que realmente te levará para casa depositou sua mais valiosa
ficha em você.
(Imagem: the_claw_by_kevichan)
Comentários
Sorte a nossa, Tá. Adorei o "aGARRAdos" rs rs.
Obrigado demais pelo amor de sempre, minha linda. Beijo.
Garraaaaa!!!
Adorei.
Mas você sabe, sou adepto as duas teorias, acredito que o nosso destino é a gente quem faz, seja ele ali ou cá.
Mas ainda estou bravo porque você sumiu por estar apaixonado, rsrs...ok, ok...te perdoo.
Obrigado pelo "perdão", Léo! rs rs.
Legal esta história de quem faz o nosso destino. Também acredito nisso – de que somos nós os responsáveis. Ao mesmo tempo que acredito e adoro o empurrãozinho do acaso que nos mostra que, às vezes, a gente não decide p**ra nenhuma rs.
Thanks pelo comentário.
sem contar que vc eh lindo
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