Eu
quase fui e não voltei. Comecei a me perder e, graças à noção que me resta, não
cheguei muito longe da porta que entrei: a dos Apps de relacionamento.
A
Apporta que pode nos deixar Apperdidos. A experiência que tive...
AppelamordeDeus.
Para
os homens gays afim de pegação, sexo sem compromisso e troca de nudes, os dois
principais aplicativos são Hornet e Grindr. Alguns toques em fotos e poucas
perguntas – como, “de onde é?” e “o que curte (no sexo)?” – e o próximo passo é
rumo à cama, ao sofá ou algum beco abandonado – porque, sim, tem de tudo. Appelação!
Esses
dois Apps já não são a minha há tempos. Há seis meses solteiro, foi a vez de
experimentar os outros dois vistos como mais “promissores” quando o assunto é
conhecer pessoas: Tinder e Happn . Appara!
Baixei
o Tinder. Configurei para o alcance de até 110 km de distância – imaginando
que, se valesse o esforço, uma horinha de carro poderia resultar em uma boa
conversar acompanhada de uma bela e gelada cerveja. Preferência, homens. Idade:
dos 25 aos 40 – porque mais novo que isso está difícil de acompanhar e mais
velho que isso está impossível de se animar.
Coloquei
minhas três fotinhos, bonitinho. Idade, 31. Descrição: jornalista e o meu
trabalho – sem paciência para me descrever para pessoas que não têm paciência
para me ler. Tudo certo. Play no App!
Na
tela, foto, idade e descrição de caras de todos os tipos. Desliza para a
esquerda para dizer Não, para a esquerda, Sim. Fui desenfreado para a esquerda...
Nope, nope, NOPE!
Dos
poucos que receberam sinal verde, dois responderam as mensagens no chat que é
liberado quando rola o match! – o restante eu prefiro acreditar que sofreram
derrames em vez de ter lido o meu “Oi” e simplesmente seguido a vida sem me
responder – mesmo tendo “me curtido” nos coraçõezinhos distribuídos. Appraquê?
Depois
de dois encontros em bares e algumas pessoas no meu WhatApp, em duas semanas,
zerei o aplicativo. De repente a minha foto aparece no centro da tela em que
estariam os pretendentes e um círculo, como um radar, cresce em torno dela para
localizar alguém que eu ainda não tenha passado pelo perfil. Ninguém. Mensagem:
“Não há ninguém perto de você. Expandir suas configurações de busca para ver mais
pessoas”. Apporfavor! Não, obrigado.
Com
o Happn, o mesmo. Só que durou menos. Até porque neste aplicativo você deve
passar, fisicamente, a certa distância das pessoas para que elas apareçam para
a sua avalição com xis, para negar o interesse, ou coração. Minha paciência durou
quatro dias. Muda o App, continuam as pessoas. Papo padrão e a maioria nem
aparece para retornar as mensagens, mesmo quando o “Oi” venha do lado de lá.
Appor
que baixei? Queria conhecer gente. Gente interessante de preferência. Para
amizade, sexo ou namoro, ter novas e boas experiências. Apperdadetempo.
Foi
a época em que eu ia para baladas para transar bêbado depois das cinco da
manhã. Escolhi por conversar mais com as pessoas, conhecer melhor, nos vermos e
ver o que bate. Até fiz um e outro amigo colorido neste tempo. Amizade e sexo. Apperfeito!
Mas
as coisas mudam. O interesse pode passar. A paixão pode surgir de um dos lados.
E nada feito. Nem amizade nem sexo.
No
momento, fico com meus barzinhos e amigos e cinema e minha casa. Escolho a Appaquera
olho no olho. Descobri que eu Apprefiro.
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