Descobri a diferença entre best-sellers e
livros lançados com divulgação. Os primeiros chegam às livrarias com propaganda
e se sustentam pela história – mesmo não seja muito profunda. Os segundos são
simplesmente lançados.
Que preguiça me dá escrever sobre “Quando Tudo Volta”, mas depois da leitura, ao menos este post vai ter que render. São
200 páginas, linguagem fácil, coisa rápida, mas a publicação de estreia do tal autor é prova
de que qualquer um pode lançar livro.
Esta é a história de um moleque de 17 anos
que mora em uma pequena cidade em que nada acontece até que seu irmão mais novo
desaparece. Por outro lado, aparece um pássaro raro no lugar – mas que ninguém
nunca vê – e paralelo a isso o autor TENTA encaixar a história de um
missionário que morre e não vira nada (me matando de rir enquanto escrevo isso!
– Tosco!).
O fulano coloca mais uns oito personagens
em meio a tudo isso e conta a história de um por um. E assim o livro vai,
completamente sem pretensão: vamos falar da vida alheia e nada precisa ter a
ver com o núcleo central da narrativa.
Quando chega à página 180, o autor resolve
correr para amarrar tudo com uma reflexão que só ele achou legal.
Ainda colocaram esta capa azul com escrita em branco sobre preto que lembra a capa do best-seller “A Culpa é das Estrelas”. Mas... Neste
caso a culpa é só do tal autor John Corey Whaley. I say no.
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